Era uma vez...

Author: Tatiana Oliveira Lima / Marcadores:


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Desde a infância somos abordados com histórias que fantasiam o nosso mundo com a idéia de que tudo vai dar certo no final, que a vida sempre segue uma moral, e que o bem sempre vencerá o mau.

Quando crianças é até aceitável, pois vivemos absortos em nossas fantasias. O problema é que quando crescemos caímos na realidade e vemos que o mundo não gira em torno de nós e muito menos se preocupa em nos dar um final feliz.

Vamos envelhecendo e nos deparando diversas injustiças. Os “vilões” passam a ter finais felizes, conseguem tudo o que querem, e nossos sonhos são massacrados. Aí começamos a ser atacados com idéias de que o mundo é injusto, e não vemos possibilidade de poder fazer algo para mudá-lo.

Os que não agüentam acabam tirando a própria vida. Eles simplesmente não conseguem carregar o peso de seu mundo nas costas, desse mundo que parece ir contra sua vida, e que os rouba o final feliz.

A vontade é de voltar àquela época se é feliz pelo simples fato de viver em um conto de fadas imaginário, criando um refúgio onde tudo da certo no final. Mas isso não é possível, então muitas pessoas acabam desiludidas com os humanos.

Como conseqüência o homem acaba em uma eterna busca pelo final feliz, mas muitos chegam ao fim da vida inundados por epitáfios e arrependimentos. Talvez devêssemos nos deparar com a realidade desde pequenos, mas se fosse assim, a inocência acabaria, e o mundo seria uma grande frustração.

Existem os que pensam na felicidade como algo que é “eterno enquanto dure”, mais uma prova da desilusão do mundo. Só que a esperança ainda continua para os que conseguem suportar todas as “dores do mundo”, o que acaba tornando a vida um pouco mais interessante, ou mais sofrida.

Talvez a solução seria colocar um simples ponto de interrogação no final das histórias, mostrando um pouco de realidade e continuidade nos contos que param na parte feliz.

O ideal seria que se falasse de pessoas reais, para que o desapontamento fosse um pouco menor quando nos enfrentássemos os problemas da vida e estaríamos mais preparados para aproveitá-la ao máximo, sem decepções. E no final da história de nossas vidas, poderíamos simplesmente acabar com a frase: “E viveram...”

TOL